quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Curiosidades linguísticas

A maneira como o nosso cérebro reage à leitura pode ser testado neste texto em que algumas letras se encontram trocadas.

Pios é:
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, nao ipomtra a odrem plea qaul as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e utmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol csãofnuo que nsó pdomeos anida ler sem gnderas pobrlmeas. Itso é poqrue nós nao lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
Cosiruo não?

~ * ~


Outro facto interessante é a maneira como conseguimos descodificar um texto que contenha letras e algarismos e continuar a lê-lo como se apenas fosse constituído por letras:

M473M471C0 (53N54C1ON4L)

4S V3235 3U 4C0RD0 M310 M473M471C0.
D31X0 70D4 4 4857R4Ç40 N47UR4L D3 L4D0
3 P0NH0-M3 4 P3N54R 3M NUM3R05,
C0M0 53 F0553 UM4 P35504 R4C10N4L.
540 5373 D1550, N0V3 D4QU1L0...
QU1N23 PR45 0NZ3...
7R323N705 6R4M45 D3 PR35UNT0...
M45 L060 C410 N4 R34L1D4D3
3 C0M3Ç0 4 F423R V3R505
H1NDU-4R481C05


~ * ~

E também merecedor de atenção é o facto de não sermos capazes de nomear as palavras que se seguem dizendo-as rapidamente e em sucessão, em voz alta, sem nos enganarmos.

Diz então, em voz alta, a cor e não a palavra:

AMARELO AZUL LARANJA

PRETO ROXO VERDE

CINZENTO AMARELO ROXO

LARANJA VERDE PRETO

AZUL ROXO CINZENTO

VERDE AZUL LARANJA

Houve algumas trocas, não?

Isto acontece porque há um conflito entre a parte direita do nosso cérebro, que tenta referir a cor, e a parte esquerda, que tenta referir a palavra.

Como fazer referências bibliográficas

Aqui ficam algumas orientações sobre como fazer referências bibliográficas a um livro, um artigo de revista, uma página da Internet, um filme, entre outras.

~~~~~~ o ~~~~~~

Existem Normas Portuguesas para a elaboração de referências bibliográficas. Para além destas Normas existem também Normas Estrangeiras.

No caso de Portugal, deveremos seguir a Norma Portuguesa NP 405-1, a qual também se refere às citações.

Quando elaborares os teus trabalhos escolares, deves incluir sempre os dados sobre todo o material utilizado para desenvolver a pesquisa, incluindo os sites da Internet. Esses dados constituem a Bibliografia do teu trabalho, isto é, a lista das referências bibliográficas, ou conjunto de elementos que descrevem os documentos consultados, de modo a permitir a sua identificação.

Normas Portuguesas
- Determinam uma ordem obrigatória para os elementos da referência;
- Estabelecem as regras para a transcrição e apresentação da informação, contida nas fontes da publicação a referenciar e para a apresentação de bibliografias e citações bibliográficas.

Nota: Os elementos a utilizar na referência bibliográfica são retirados, em geral, do próprio documento e de preferência da página de rosto. Sempre que tais elementos não constem da página de rosto deve-se recorrer ao colofão, capa, lombada, prefácio, etc. Nesse caso a informação deverá ser apresentada entre parênteses recto.

Alguns conceitos

Referência Bibliográfica - Conjunto de elementos bibliográficos que identificam uma publicação ou parte dela;

Bibliografia – Documento secundário que apresenta uma lista de referências bibliográficas segundo uma ordem específica e que contém elementos descritivos de documentos, que permitem a sua identificação;

Citação – Forma breve de referência colocada entre parênteses no interior do texto ou anexada ao texto como nota em pé de página, no fim do capítulo ou do texto.

Seguidamente iremos ver algumas das regras a que nos referimos acima.

PARA LIVROS
Ordem dos elementos e pontuação:
AUTOR(es) – Título : subtítulo (destacado). Edição. Local de edição : Editor, ano. ISBN (se estiver presente a referência ao mesmo no livro, geralmente na contra-capa, ou na ficha técnica).

Com um autor
QUEIRÓS, Eça de - Os Maias. Porto: Porto Editora, 2007. ISBN 972-0-04201-X. vol. 1.

Com dois autores
ELKINGTON, John ; HAILES, Júlia – Guia do jovem consumidor ecológico. Lisboa : Gradiva, 1992. ISBN 972-662-230-1.

Com três autores
GORDON, V. O. ; IVANOV, Yu. B. ; SOLNTSEVA, T. E. – Problemas de geometria descriptiva. 2ª ed. Moscovo : Editorial Mir, 1980.

Com quatro ou mais autores
NOBRE, António, [et al.]– Biologia funcional. Coimbra : Almedina, 1984.

Nota: Nestes casos, referimos só o primeiro autor, ou o que tiver maior destaque, seguido da abreviatura da expressão latina et alii. [et al.], que significa “e outros”.

Para livros traduzidos
JACOB, François – O ratinho, a mosca e o homem; trad. Margarida Sérvulo Correia. 1ª ed. Lisboa : Gradiva, 1997. ISBN 972-662-567-X.
Para um dicionário com autor expresso
COELHO, Jacinto do Prado – Dicionário de literatura : literatura portuguesa… 4ª ed. Porto : Figueirinhas, 1989. 4 vol.
FALCÓN MARTÍNEZ, Constantino - Dicionário de mitologia clássica . 1ª ed. Lisboa : Presença, 1997. ISBN 972-23-2219-2.

Nota: O apelido dos autores espanhóis é constituído pelos dois últimos nomes.
Para dicionários sem autor expresso
DICIONÁRIO da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora, 2004. ISBN 972-0-01125-4.
Para enciclopédias com autor expresso
GISPERT, Carlos, dir. - Enciclopédia da psicologia. Lisboa : Liarte, 1999. 4 Vol. ISBN 972-8528-27-2.
Para enciclopédias sem autor expresso
O ROSTO humano na arte. Lisboa : Publicações Alfa, 1972.
Obras em volumes (se consultámos apenas um volume)
COELHO, Jacinto do Prado – Dicionário de literatura : literatura portuguesa… 4ª ed. Porto : Figueirinhas, 1989. Vol. 2.
Para capítulos ou artigos retirados de livros
Ordem dos elementos e pontuação:

a) autor diferente do autor do livro no todo
Autor do cap. – Título do cap. In Autor do livro – Título: subtítulo. Edição. Local de edição : Editor, ano. ISBN. Páginas (inicial e final do capítulo).
PEREIRA, Maria Helena da Rocha - O Jardim das Hespérides. In CENTENO, Yvette Kace, coord. ; FREITAS, Lima de, coord. - A simbólica do espaço. 1ª ed. Lisboa : Editorial Estampa, 1991. ISBN 972-33-0781-2. p. 17-28.

b) o autor do capítulo é o autor do livro no todo
STRUIK, Dirk J. – História concisa das Matemáticas; trad. João Cosme Santos Guerreiro. 3ª ed. Lisboa : Gradiva, 1997. ISBN 972-662-251-4. p. 29-44.
ARTIGOS EM PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Ordem dos elementos e pontuação:
AUTOR do art. – Título do art. Título da publicação periódica. ISSN. Volume, Número, (data), Páginas.
Para revistas
FIGUEIREDO, M. O. - Factores de estabilidade estrutural associados ao arranjo dos catiões nas estruturas dos compostos iónicos. Revista Portuguesa de Química. Lisboa. ISSN 0035-0419. Vol. 23, n.º 4 (1981), p. 250-256.
Para jornais
SANTOS, Ana Isabel – E quando o tempo pára... e o futuro se torna o presente. Olhares. Nº 9 (Jun. 2006), p 8.
SANTOS, Carlos – Escola a tempo inteiro passa rasteira aos pais. Diário de Coimbra. Ano 76º, Nº 25.679 (15 Set.2006), p. 6.
REFERÊNCIA A DOCUMENTOS LEGISLATIVOS
Exemplos:
DESPACHO normativo nº 1/2006. D.R. I Série-B. Nº 5 (6-Jan-2006), p.156-160.
DECRETO-LEI nº 27/2006. D.R. I Série-A Nº30 (10 Fev. 2006). P1095-1099.
FILMES, DOCUMENTÁRIOS... EM VÍDEO, DVD OU CD-ROM
Ordem dos elementos e pontuação:
Realizador. – Título. Local da distribuição : distribuidor, data. Descrição física.
Filmes com autor expresso
PINTO, Armando Vieira - Fado. Lisboa : Lusomundo, cop. 1947. 1 cassete vídeo (VHS) (110 min.).
Nota: Quando não figura o local de distribuição, mas sabemos qual é esse local através de fontes externas ao documento (pesquisa na Internet, por exemplo), inserimo-lo dentro de parênteses rectos.
Filmes sem autor expresso
A RESISTÊNCIA timorense em documentos. .[Lisboa]: Fundação Mário Soares, Fado Filmes, Visão, 2002. (CD-ROM).
DOCUMENTOS ELECTRÓNICOS
Ordem dos elementos e pontuação:
AUTOR. – Título : subtítulo (se houver). Edição. Local : editor, data, data de actualização. [Data de consulta] Disponibilidade e acesso.

Exemplos:
RODRIGUES, Eloy – Implementação de um sistema integrado de gestão de bibliotecas: a experiência da Universidade do Minho. Braga : Universidade do Minho, 2004. [Consultado a 10 Set. 2004]. Disponível na Internet: http://repositorium.sdum.uminho.pt/

COMO SE TRANSMITE O VIH? Lisboa : Comissão Nacional de Luta contra a SIDA, 2004. [Consult. 10 Jan. 2005]. Disponível na Internet: http:/www.sida.pt.

Convém que te lembres de que:
· Os elementos das referências bibliográficas são retirados dos próprios documentos.
· Deves alinhar as referências à esquerda, em espaço simples e separadas entre si por espaço duplo.
· A Bibliografia é ordenada alfabeticamente.

Pode ser encontrada mais informação sobre este assunto nos
Serviços de Documentação da Universidade do Minho.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Ficha de leitura - modelo

Se precisarem de um modelo da ficha de leitura, caso não tenham recebido a mensagem de correio electrónico, poderão obtê-la aqui.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Recomendações de leitura

Deixo aqui uma curta lista de obras de ficção de autores de língua portuguesa, de onde poderão escolher alguns livros para o «contrato de leitura». No final segue também uma lista de poetas portugueses, de entre os que considero mais significativos.

Esta lista não é, de maneira alguma, exaustiva, tendo sido realizada apenas com a intenção de possibilitar uma escolha de obras relativamente fáceis de encontrar na biblioteca da nossa escola, na Biblioteca Municipal José Saramago (Loures), ou em locais de venda ao público. Muitos outros autores e livros ficaram de fora. Servirá, apenas, como indicação complementar à lista que foi fornecida no início do ano lectivo.

Os autores e as obras incluem hiperligações, de modo a permitirem a recolha de informações.

PROSA (ficção)
Autores do Século XIX:
Alexandre Herculano, Eurico, o Presbítero (romance)
Alexandre Herculano, O Bobo (romance)
Alexandre Herculano, O Monge de Cister (romance)

Almeida Garrett, O Arco de San’Ana (romance)

Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição (romance) – (texto online aqui ) ou qualquer outro do mesmo autor

Eça de Queirós, Os Maias (romance) – ou qualquer outro do mesmo autor
Eça de Queirós, O Crime do Padre Amaro (romance) – ou qualquer outro do mesmo autor

Júlio Dinis, Uma Família Inglesa (romance) – ou qualquer outro do mesmo autor

Autores dos Séculos XX / XXI:
Jorge de Sena, Sinais de Fogo (romance)
Jorge de Sena, Antigas e Novas Andanças do Demónio (contos)
Jorge de Sena, O Físico Prodigioso (novela)

Domingos Freitas do Amaral, Enquanto Salazar Dormia (romance) [edição recente]

Ricardo Adolfo, Os Chouriços São Todos Para Assar (contos) [edição recente]

Vitorino Nemésio, Mau Tempo no Canal (romance)

José Luandino Vieira, Luuanda (romance) – literatura angolana

Aydano Roriz, O Fundador (romance) – literatura brasileira [edição recente]

José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira (romance)
José Saramago, Memorial do Convento (romance)

Fernando Campos, A Casa do Pó (romance)
Fernando Campos, O Cavaleiro da Águia (romance)

Almada Negreiros, Nome de Guerra (romance)

João Aguiar, A Voz dos Deuses (romance)
João Aguiar, Inês de Portugal (romance) [edição recente]

Jorge Amado, Capitães da Areia (romance) - literatura brasileira
Jorge Amado, Gabriela Cravo e Canela (romance) - literatura brasileira
Jorge Amado, Tieta do Agreste (romance) - literatura brasileira
Jorge Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos (romance) - literatura brasileira

Mário-Henrique Leiria, Contos do Gin-Tonic (contos)
Mário-Henrique Leiria, Novos Contos do Gin (contos)

Sophia de Mello Breyner, Contos Exemplares (contos)

Agustina Bessa Luís, A Sibila (romance)

Lídia Jorge, O Dia dos Prodígios (romance)
Lídia Jorge, A Instrumentalina (conto)

Pedro Paixão, Ladrão de Fogo (romance)
Pedro Paixão, Muito, Meu Amor (romance)

António Lobo Antunes, Eu Hei-de Amar uma Pedra (romance) [edição recente]

José Rodrigues dos Santos, A Filha do Capitão (romance) [edição recente]
José Rodrigues dos Santos, O Codex 632 (romance) [edição recente]
José Rodrigues dos Santos, A Fórmula de Deus (romance) [edição recente]

José Cardoso Pires, Balada da Praia dos Cães (romance)

Álvaro Guerra, Café República (romance)
Álvaro Guerra, Café Central (romance)
Álvaro Guerra, Café 25 de Abril (romance)

José Rodrigues Miguéis, O Milagre Segundo Salomé (romance)

POESIA
Autores do Século XIX:
- Almeida Garrett
- Alexandre Herculano
- Antero de Quental
- Cesário Verde

Autores dos Séculos XX / XXI:
- Fernando Pessoa
- Mário de Sá-Carneiro
- Almada Negreiros
- Florbela Espanca
- Mário Cesariny
- Alexandre O’Neill
- António Maria Lisboa
- Jorge de Sena
- José Gomes Ferreira
- Vitorino Nemésio
- Herberto Helder
- Carlos de Oliveira
- Eugénio de Andrade
- Natália Correia
- Ruy Belo
- Rui Knopfli
- António Ramos Rosa
- Ruy Cinatti
- Luiza Neto Jorge
- Fiama Hasse Pais Brandão
- Pedro Tamen
- António Osório
- Joaquim Manuel Magalhães
- João Miguel Fernandes Jorge
- Helder Moura Pereira
- Daniel Filipe
- Manuel Alegre
- David Mourão-Ferreira
- Al Berto

domingo, 7 de outubro de 2007

Um vídeo publicitário

publicidade - s. f.,
estado do que é público; divulgação; notoriedade pública; reclamo comercial.






Vídeo de Daily Motion.

Mesmo que a mensagem não seja perceptível por não se conhecer a língua, a mensagem publicitária pode continuar a ser eficaz, porque é concebida sobretudo para impressionar o consumidor. De que maneira é que esta mensagem pode influenciar? A quem se dirige, ou seja, qual é o seu potencial público-alvo?


segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Para começar...

Isto podia começar com um era uma vez, com um naquele dia chovia (ou fazia sol, ou estava nevoeiro, ou o dia estava assim-assim). Também podia ser com quando nasci, com quando o/a vi pela primeira vez, são tantas as hipóteses, que se uma pessoa se pusesse para aqui a escrevê-las a todas podia ir parar às quinhentas páginas e não passar do início, ficava de fora o meio e o fim, e uma coisa sem meio nem fim não é coisa que se veja, porque normalmente as coisas começam, vão por ali fora e depois acabam.O pior é que, quando acabam, fica-se com vontade de que não tivessem acabado. Pelo menos algumas vezes, que quando as coisas são desagradáveis só queremos é que acabem depressa. Mas o que não há é maneira de voltar atrás. O tempo que é agora no momento seguinte já é um depois. E não regressa. O era uma vez que se repete vezes sem conta só acontece nas histórias. Por isso vale a pena escrevê-las, porque as coisas escritas podem repetir-se agora, e depois, e depois ainda. Tantas vezes quantas as que quisermos. Só o que dizemos é que não se repete. A conversa desaparece, mas a escrita fica. É a única que tem memória. E é também a única que pode deixar qualquer coisa de nós que dure mais do que um único instante. Bem, à excepção das fotografias ou dos filmes, mas isso são apenas imagens de nós e não o que somos.